terça-feira, 6 de novembro de 2012

Filme e Realidade



Ruby Sparks foi o filme mais recente que assisti e um dos melhores. Ótimo para começar esse blog.
No começo do filme me identifiquei com o personagem, um escritor, Calvin, que acaba tendo uma namorada ao seu lado e que pode controlar a vida dela. Eles estavam sempre juntos, ele bem carente querendo estar sempre com ela. No começo é tudo perfeito, até que a Ruby percebe que está vivendo sua vida em função dele e que ela quer seu espaço, seus momentos sozinha.
Nessa última parte eu identifico meu namorado. É mais ou menos assim: eu estou sempre disponível para ele, fazendo tudo para estar com ele e ele, por sua vez, quer ter seus momentos sozinho, que eu viva independentemente dele, que ele possa sair e tudo mais. Eu o entendo, apesar de me machucar um pouquinho. Eu sei que às vezes eu o sufoco, só que é que eu não tenho essa mesma necessidade dele de ficar sozinha. Por isso, por mais que seja ruim para mim, eu tento lhe dar seu espaço. Falarei mais sobre essas coisas futuramente, e apesar do que se possa pensar, eu sou uma namorada muito tranquila e pouco ciumenta, aceito muito mais coisas que as outras namoradas. Sei que isso é bem diferente do que falei, mas eu tenho esses dois lados, depende da situação. Explicarei com mais detalhes outro dia.
Agora, voltando a minha identificação com o filme. Ruby resolve voltar a fazer faculdade e certo dia ela liga para Calvin e diz que está num bar com os amigos e que voltará tarde. Calvin, que estava fazendo o jantar para eles, fica abalado, querendo que ela estivesse com ela. Essa cena é uma das que eu mais reconheci minha situação. Meu namorado faz faculdade em outra cidade, em período integral, e vai e volta todo dia. Em alguns dias que ele tem a tarde livre e vai para um barzinho ou para a república das meninas beber (isso mesmo, só mora mulher lá! Mas, apesar do que possa parecer, depois de conhecer elas eu já não tenho mais ciúmes e não me importo mais), o que me deixa numa situação desagradável, não sei explicar exatamente o por que, mas acho que é pelo fato de eu não poder estar junto dele.
Então, de volta ao filme, Calvin decide, pela primeira vez praticamente, controlar a vida de Ruby e escreve basicamente que ela precisa dele, assim ela passa a viver grudada nele, não deixando ele praticamente nem ir ao banheiro sozinho. Um dia eles estão andando na rua e ele solta a mão dela para atender o telefone e continua andando, enquanto ela para meio que mostrando que não pode fazer nada sem ele e falando que ele nem tinha percebido que ela não estava junto dele, ou seja, fazendo muito drama que nem eu (sim, me identifiquei nisso mesmo).
O resto do filme não entra tanto no meu assunto de ser neurótica, então para saber o final dele tem que assistir mesmo. Eu recomendo, é muito bom.
Essa foi uma introduçãozinha ao fato de ser uma namorada neurótica hahahahaha contarei mais fatos da minha vida em outros posts.

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