No começo do
filme me identifiquei com o personagem, um escritor, Calvin, que acaba tendo
uma namorada ao seu lado e que pode controlar a vida dela. Eles estavam sempre
juntos, ele bem carente querendo estar sempre com ela. No começo é tudo
perfeito, até que a Ruby percebe que está vivendo sua vida em função dele e que
ela quer seu espaço, seus momentos sozinha.
Nessa última
parte eu identifico meu namorado. É mais ou menos assim: eu estou sempre disponível
para ele, fazendo tudo para estar com ele e ele, por sua vez, quer ter seus
momentos sozinho, que eu viva independentemente dele, que ele possa sair e tudo
mais. Eu o entendo, apesar de me machucar um pouquinho. Eu sei que às vezes eu
o sufoco, só que é que eu não tenho essa mesma necessidade dele de ficar
sozinha. Por isso, por mais que seja ruim para mim, eu tento lhe dar seu
espaço. Falarei mais sobre essas coisas futuramente, e apesar do que se possa
pensar, eu sou uma namorada muito tranquila e pouco ciumenta, aceito muito mais
coisas que as outras namoradas. Sei que isso é bem diferente do que falei, mas
eu tenho esses dois lados, depende da situação. Explicarei com mais detalhes
outro dia.
Agora,
voltando a minha identificação com o filme. Ruby resolve voltar a fazer
faculdade e certo dia ela liga para Calvin e diz que está num bar com os amigos
e que voltará tarde. Calvin, que estava fazendo o jantar para eles, fica
abalado, querendo que ela estivesse com ela. Essa cena é uma das que eu mais
reconheci minha situação. Meu namorado faz faculdade em outra cidade, em período
integral, e vai e volta todo dia. Em alguns dias que ele tem a tarde livre e
vai para um barzinho ou para a república das meninas beber (isso mesmo, só mora
mulher lá! Mas, apesar do que possa parecer, depois de conhecer elas eu já não tenho
mais ciúmes e não me importo mais), o que me deixa numa situação desagradável, não
sei explicar exatamente o por que, mas acho que é pelo fato de eu não poder
estar junto dele.
Então, de volta ao filme, Calvin
decide, pela primeira vez praticamente, controlar a vida de Ruby e escreve
basicamente que ela precisa dele, assim ela passa a viver grudada nele, não deixando
ele praticamente nem ir ao banheiro sozinho. Um dia eles estão andando na rua e
ele solta a mão dela para atender o telefone e continua andando, enquanto ela
para meio que mostrando que não pode fazer nada sem ele e falando que ele nem
tinha percebido que ela não estava junto dele, ou seja, fazendo muito drama que
nem eu (sim, me identifiquei nisso mesmo).
O resto do
filme não entra tanto no meu assunto de ser neurótica, então para saber o final
dele tem que assistir mesmo. Eu recomendo, é muito bom.
Essa foi uma
introduçãozinha ao fato de ser uma namorada neurótica hahahahaha contarei mais
fatos da minha vida em outros posts.
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